Hello Lover

25/10/2013 Nenhum comentário



   Hello Lover,
Eu estou te deixando e desta vez não tem volta. Nada nem ninguém mudará minha opinião. Simplesmente estou farta do dos seus olhos exalando uma segurança instável, a qual necessito e da minha constante busca por perfeição, a qual te deixa louco.
      Cansei de uma relação a base de conflito de força, estamos em um constante cabo de guerra, temos total consciência que no caminho para o poder poderíamos acabar nos matando. Nós queremos dominar, somos ambiciosos o suficiente para saber que um "casinho" ,como você disse  uma vez,  nunca impediria nosso caminho até o topo. Eu definitivamente escolheria ganhar e provavelmente acabaria  esmagando seu ego no meio do caminho. Tenha certeza, my lover, não pensaria duas vezes, assim como você nem por um segundo pensaria no meu bem estar. 
      Nossa relação nunca foi sustentável, sendo assim não me trate como a megera da situação. Sugamos um ao outro de maneira exaustiva, retiramos tudo que havia de bom até chegar ao ponto de que o restou foi apenas ressentimento e uma rivalidade brutalmente exitante.
   Além do mais somos parecidos demais para que você me coloque como vilã,  e se sou, meu bem, estamos no mesmo barco. Não há mocinhos na história, isso não existe, sinceramente o que resta no final do dia são duas pessoas deturpadas pela sua própria história. Fomos quebrados demais na nossa trajetória de vida e isso nos deixou com cicatrizes e traumas significantes, os quais tenho até medo de mensurar. Sendo assim, hoje somos sedentos por algo que pode facilmente arrancado das nossas mãos para que nunca ninguém repita tal façanha de nos transformar em peões.
    Sei que em seu âmago vingativo você quer causar toda a dor e sofrimento que lhe causaram, mas não é tão gratificante no final. Infelizmente nos olhos, os quais idiotamente são chamados de janelas da alma, podemos ver o nosso reflexo sofrido e magoado. Vai por mim, não vale a pena. 
 Agora chega desse papinho meloso que não me caí bem. Afinal sempre preguei minha independência e escrevendo desse jeito até parece que eu me importo com você. O que claramente não é a situação isso é apenas um aviso. Um lembrete eterno de que não sou fã de brincar de casinha e não sou facilmente subjugada, um dos seus maiores desejos .
     Não se preocupe comigo, se você tiver esse trabalho, tenho a sã consciência que há piores por aí para me fazer companhia.
  Até nunca,
                                        Quaintrelle
                       
     


Os pintores tem telas. Os escritores, papéis em branco. Os músicos tem o silêncio.

23/10/2013 Nenhum comentário
K.  Richards

Um sorriso. Não um sorriso, O sorriso

17/10/2013 Nenhum comentário


  Um sorriso. Era tudo o que eu precisava. Queria que você virasse para mim e lançasse um sorriso. Quer dizer, não apenas um sorriso, o meu sorriso. Sabe? Não?
   É aquele em que você finalmente olharia por cima do ombro e me veria parada atrás de você. Então seu rosto meio inexpressivo, com o seu usual olhar confuso, me encontraria parada como uma pateta atrás de você. Eu, como sempre, fecharia a cara para não abrir um sorriso mais largo que uma melancia  e você na outra via, repuxaria seus lábios para cima.  Num sorriso meio torto que para muitos parece forçado, mas é o que você dá toda vez que me vê. Porém, sei que não há nada de falso no seus "beiços" esticados, é o que minha intuição diz, mas além disso, esse é um dos poucos sorrisos que chegam aos seus olhos.
 Tais olhos castanhos, tidos como comuns, não tem nada de comuns para mim. Eles nunca poderiam ser usuais em uma pessoa tão única como você.  Sou apaixonada por eles, talvez sempre ficam apertadinhos  e sapecas quando você sorri pra mim. 
   Sempre sinto um sentimento esquisito na barriga  e o mundo fica em silêncio. Eu sempre entro em pane, meu cérebro não processa nenhuma frase ou palavra sequer quando me deparo com o seu sorriso. Algo que parece como dor de barriga depois que a gente come brigadeiro até sair pelo nariz. Ou com aquele nervosismo de quando estamos prestes a cair de uma montanha russa. Enfim, não sei se isso é um bom sinal. Espero que não esteja doente. Imagina se fico doente e não posso mais ver o seu sorriso? Acho que fico mais doente ainda. 
Sim, estou fazendo drama porque você ainda se recusa a sorrir pra mim. Drama Queen lembra? Afinal eu precisava de alguma semelhança com o grande Freddie Mercury, não poderíamos compartilhar a mesma data de aniversário e não ter nada em comum.
 Estou dependente de você, quer dizer, não de você, do seu sorriso. Não, não dá na mesma coisa. Eu preciso sentir como se a felicidade entrasse em combustão dentro de mim. Isso virou um vício, quando suas bochechas esticam e seus lábios acompanham é como se eu tivesse injetado alguma droga em minha corrente sanguínea, parece algo meio ilógico e simplesmente sublime.
 Diabos! Eu escrevi mais de trezentas palavras para você!E você é incapaz de ...





Visivelmente próxima

13/10/2013 Nenhum comentário
   Sei que venho escrevendo muito sobre mim ultimamente,mas é inevitável quando se sente sozinho que se busque novas maneiras de se expressar. E a única maneira que eu consigo, a única maneira que eu realmente sei expressar meus sentimentos é escrevendo. E esse texto que seguirá provavelmente será um dos mais difíceis que eu já escrevi, porém necessito botar pra fora.

  Acho que nunca aprenderei a lidar com a brutal e natural morte. Minha vó e meu pai me disseram várias vezes que a única certeza da temos na vida é morreremos um dia,  apesar de saber o que eles falavam a verdade, até poucos meses atrás eu não havia compreendido a essência dessa frase.
  Não tinha entendido como a perda realmente criava um buraco no meio do meu corpo que nunca conseguiria preencher novamente. Esse maldito buraco lateja, doí, arde e não há remédio nenhum para minimizar a dor. Não há lágrimas que extravasem o sentimento de vazio que eu senti e ainda sinto. Minha mente não incorporara que depois de quase seis meses eu nunca ouvirei a mesma risada, voz, nunca verei a pele coberta de tatuagens e nem rirei quando ele contar uma piada. Ainda chego no mesmo lugar de sempre, eu sempre esperando o seu usual "Boa noite, banana". O problema é que ele não chega mais, não importa o quanto eu espere ele não vai chegar mais.
  Esse ano eu nunca senti a morte tão próxima.. Nunca em todos os meus anos de existência nunca a senti de modo tangível e aqui ela está. Tão perto e visível a ponto quase tocá-la. Talvez pelo fato dos meus pais me protegerem de forma tão protetora durante a minha infância não a senti, mas agora não tenho mais escudos, a bala dilacera meu peito como se fosse de um tiro à queima roupa.  
A querida morte fez visita a pessoas que eu nunca cogitei a esse ponto. Por motivos inimagináveis, os quais aumentam ainda mais a parcela de dor. A culpa aparece para fazer companhia e lembra de tudo o que eu poderia ter feito, e porque aquilo tudo poderia ter sido evitado se eu tivesse feito algo. Mas, eu não fiz. E não há volta. Não há segundas chances.
  O problema  disso tudo é que a gente acostuma, como tudo na vida. Eu me acostumei com o sentimento de vazio em relação a ele, assim como de todas as outras pessoas que eu perdi. O buraco se alastra enquanto eu não posso dizer adeus a quem se foi. Acordo todos os dias tentando ser a melhor para quem eu amo, porém muitas vezes esqueço. Esqueço que tudo pode acabar, que tudo é finito e que a única certeza que eu tenho na vida me espreita esperando o momento certo para me levar daqui.

N.
 
Desenvolvido por Michelly Melo.