Junção imperfeita

18/03/2014 2 comentários


Ela era a perfeccionista. Uma viciada em estudos, obstinada a passar no vestibular. Então é de se esperar que ela escutou  o adjetivo teimosa tantas vezes que ela até passou a acreditar que é um elogio.  Ama  politica e é apaixonada por arte.Honesta que doi, simplesmente não tem papas na língua. Era Tão estressada que até escolher a roupa do dia seguinte é motivo para ela perder a paciência. Com certeza a garota é   complexa que   até mesmo psicólogos ficavam no escuro quando se tratava dela.

Ele por outro lado era o tranquilo. A formação acadêmica vinha em segundo plano. O plano agora era trabalhar e ganhar uma grana. Ele é praticamente a calma em pessoa, quase nada pertuba a sua paz. Filósofo amador e acha que a politica só envolve a corrupção, lógico tirando a antiga Atenas.

No início pareceu uma boa ideia. Ele era a calma que ela precisava e ela uma boa dose de poesia e adrenalina que o fazia sentir vivo. Ela mostrou à ele um novo lado do mundo politico e destruiu a sua fantasia utopica de Atenas.  Ele criou um catalizador para as situações de estresse e fez o Enem parecer menos um monstro de sete cabeças.

No entanto, ela começou a se sentir vazia, a vida simples parecia ótima antes, mas cadê a emoção?  Cadê o desconforto e a motivação? Não tinha. A poesia dela se perdeu porque sua cólera se esvaiu. Ele por outro lado se sentia sufocado pelas complicações,  muito difícil, muito complicado. Ele passou a explodir quando sua internet caia ou alguém fazia barulho quando ele queria tirar um cochilo. Então foi assim que ela perdeu quem ela era. E ele ganhou características que desprezava.

Não foi surpresa quando ela recusou um beijo dele, ele gritar de raiva. Cego pela ira ameaçou abandona-la. Sem apresentar  emoção  ela ouviu, com uma calma absurda as asneiras dele e falou:  Chega.
Com esa unica palavra ela agiu de acordo com ameaça dele e o abandonou. Deixando plantado no lugar.

Foi nesse momento, depois de respirar fundo dez vezes ele recuperou a sua calma. E ela, no meio do caminho,  vermelha de raiva e tristeza recuperou sua cólera ao pensar que não tinha falado o suficiente.

Na utopia

14/03/2014 Nenhum comentário
   


       Pensei em escrever um poema,
       sobre o amor de um homem e uma ema.
       Na transcendência desse sentimento,
       de comum entendimento.

       Porém, a ema botou um ovo,
       e o homem a matou de desgosto,
       E foi assim que a minha poesia ficou na utopia.

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Então, poema esquisito para aqueles que acham que poesia tem que ser bonita..
 
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